Moça de família

Seus lábios, carne viva, tremula
Meus sonhos cansados, perdidos
Nossos corpos, robôs programados

Prazer descabido, urgente, inconseqüente 
Fôlego quente, atado pela frente
Sorrateiro esse amor inventado 

Conta no tempo, pago ao grito extasiado 
Somos dois solitários, achados na lua minguante 
Fingindo e acreditando em carinhos vazios

Teatro encenado com gracejo e maestria 
Movimentos marcados, sempre dissimulados 
Palavras entusiasta quase valendo verdade

Longo os minutos contigo
Curto o espaço de nós 
Cama que nasce vazia, não conta 
historias esquecidas

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