A Vida
Eu vivo a vida,
A vida respira em todos os meus poros,
A vida flui como na primeira vez que o ar rasgou meu pulmão;
Mesmo ar que me abandonou sem aviso, num último suspiro.
A vida, que aconteceu de supetão, trazendo alegria e
diversão;
Cheia de surpresa e novidade.
A alegria da descoberta das vidas a minha volta,
Na borboleta, no caminho das formigas;
E nos bolos, bife de areia, apreciado sem moderação.
Alvoroçada, agora com outras vidas;
Vivencio coisas novas, a bola, pipa,
As brincadeiras sem sentidos,
Não vejo o tempo passar.
De supetão tudo se transforma.
A vida mostra cores, antes desconhecidas;
O amor faz a vida mais intensa,
Transbordando de sentimentos e sensações nunca vivenciados.
A vida gera outra vida
A vida não é somente uma vida, passa ser várias vidas
Sigo assim, vivendo essas vidas criadas, anexadas,
inventadas;
Sem pensar, a vida passa numa rotina continua.
Nessa vida rápida, sem espera, às vezes, tem paradas
Um respiro, uma vida emprestada;
Depois a rotina nos engole de novo,
Vivendo a vida, seguindo em frente.
Um dia sem perceber, não reconheço meu reflexo
As linha e sulcos no meu rosto, que não me pertencia,
São os novos participantes da minha vida, junto com a dor na
coluna
A vista, o joelho e os dentes que já não trabalham como
antes
A vida se acomoda,
Não existe pressa, nem argumentos
Fica a beleza do agora, do ontem e do amanhã
E espero a vida dar seu último suspiro sofrido.
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