A noite.

No tardar de uma noite qualquer, chegou de mansinho, sem aviso, uma grande tempestade. Trazia contigo, junto ao uivo sofrido do vento a tristeza daquele povo; varrendo toda raiva para longe, era muita raiva, porque foram longos e fortes seu rufar. Porém o povo que ali vivia não trazia só raiva em seus corações, traziam uma tristeza imensa, então depois que o vento silenciou-se, as trovoadas estridentes anunciaram a chuva para lavar os corações desse povo tristonho. 
Assim se deu naquela noite escura e barulhenta, uma limpeza nos corações amargurados daquele povo sofrido, com a esperança esquecida. No final da tempestade, ouviu-se ao fundo o canto dos passarinhos. Depois de toda tristeza lavada,  nasceu uma leve esperança, e com o coração amolecido ele aqueceu-se de alegria.

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