sou

sonho calada
penso cantando
sou chacoalhada na chuva da madrugada

corro parada
grito em silêncio
sou ameaçada por uma arma pesada

contesto no certo
fraquejo no errado
sou averiguada com água e borracha

sofro sozinha
aguardo em conjunto
sou marcada como numa manada
sou um povo morimbundo

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